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D2! Manual Prático do Novo Samba Tradicional: Nossas Impressões sobre o Vol. 3 – LUIZA

  • Foto do escritor: ietisonoravoz
    ietisonoravoz
  • 25 de mar.
  • 2 min de leitura

Falou do D2 e samba, a gente já corre logo pra ouvir. Observar a caminhada do artista há tantos anos e ver o gás que ele coloca, sempre movimentando a produção cultural do Rio de Janeiro e fazendo ela chegar em outros lugares, mundo afora, é muito satisfatório.

Estímulo visual do NOVO Samba Tradicional | Foto: @motxgabriel
Estímulo visual do NOVO Samba Tradicional | Foto: @motxgabriel

E quando pensamos no Manual Prático do Novo Samba, com o artista trabalhando lado a lado com sua esposa, Luiza Machado, vemos mais uma vez o nível ser elevado. Até aqui, tivemos três volumes, e o foco dessa análise é o último, que presta uma homenagem à sua companheira.



Em Retrato Cantado de um Amor, Marcelo D2 regrava a clássica canção de Reinaldo, composta por Adilson Bispo e Zé Roberto. Abrir um projeto com essa faixa é mergulhar logo de cara no universo que ele constrói pra homenagear sua musa inspiradora.




A sequência com Lucidez, composta por Jorge Aragão e Cleber Augusto, seguida de Bebel, um interlúdio de encher os olhos de emoção, nos leva a Nas Águas de Amaralina, samba de Martinho da Vila composto por Nelson Rufino. Pra mim, esse é o ponto alto do volume, confirmando mais uma vez a sinergia de D2 e Luiza na criação musical, além de reforçar a direção musical e curadoria cuidadosa de cada faixa.

Estímulo visual do Novo Samba Tradicional | Foto: @motxgabriel
Estímulo visual do Novo Samba Tradicional | Foto: @motxgabriel

 Filhos de Jorge chega com uma energia pra cima, lançada dentro do projeto poucas semanas antes do Dia de São Jorge, trazendo uma atmosfera de celebração e resistência. O som já transporta a gente pra uma feijoada, um rolé pelo centro, passando pela Ocupação IBORU na Sete de Setembro, com uma caipirinha na mão.



E, por falar em nossas tradições afro-religiosas, Tataruê, de Geovana, celebra a herança cultural e espiritual de matriz afro-brasileira. Através da composição de Maria Teresa Gomes, Marcelo faz uma referência carinhosa aos ancestrais e às figuras de autoridade na família, conectando-se ao conceito apresentado nos primeiros dois volumes do Manual.


Pra fechar, D2 regrava 1967, um clássico incontestável da música brasileira e um dos melhores raps já rimados por um MC. Dispensa apresentações ou análises. Se, no Volume 1, D2 prestou homenagem à sua mãe e referência, Dona Paulete, e no Volume 2, a Tia Darci, em “Luiza” ele reforça o caráter afetivo do projeto.




Por fim, Manual Prático do Novo Samba Vol. 3 – Luiza nos traz um acalanto em cada faixa e a vontade de criar uma playlist com todas as músicas até aqui, deixando em loop enquanto aguardamos o próximo volume.

O projeto já está disponível em todas as plataformas digitais e você pode ouvir aqui:





 
 
 

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